18 de Outubro 2013
Teatro Municipal
Vídeo 1
Autarca disse que foi o Evangelho que a levou à política
Almada, Setúbal, 03 out 2013 (Ecclesia) – Maria Emília Sousa deixou a presidência do Concelho de Almada, após 26 anos, e disse na hora da despedida que a sua família política nunca lhe criou dificuldades quando assumia o apoio a projetos da Igreja Católica.
Durante muitos anos líder de um bastião comunista, como é considerado o Concelho de Almada, a autarca afirmou que nunca teve de sacrificar as suas convicções ou valores.
Maria Emília Sousa falava durante o jantar de homenagem que as paróquias do Concelho de Almada e outras organizações da sociedade civil quiseram oferecer à autarca que agora deixa o município almadense.
As comunidades cristãs do concelho quiseram manifestar o seu reconhecimento pela sensibilidade diante das questões sociais e a valorização da liberdade religiosa que Maria Emília Sousa sempre cultivou na relação com as diferentes identidades religiosas.
Os párocos reconhecem que muitos espaços de culto e equipamentos sociais não seriam hoje uma realidade sem o empenho pessoal que a autarca almadense manteve ao longo dos seus mandatos.
Perante uma sala cheia, a autarca do partido comunista, confessou que foi o Evangelho que a levou à política e que a cor partidária em que militou nunca a impediu de acreditar, e em momento algum lhe criticou as convicções.
D. Gilberto Reis, também presente nesta homenagem, reconheceu o trabalho de grande sensibilidade social desenvolvido por Maria Emília Sousa em favor do Concelho.
D. Manuel Martins, bispo emérito de Setúbal, também se fez representar através de uma mensagem em que destacava a proximidade de Maria Emília aos mais frágeis do concelho e do distrito e o trabalho próximo que com ela conseguiu de desenvolver nos anos socialmente difíceis em que assumiu o governo espiritual da Diocese de Setúbal.
No final, as paróquias do concelho ofereceram a Maria Emília Sousa um presépio da autoria das Monjas de Belém, que têm uma comunidade religiosa na Serra da Arrábida.
Vermais em :::> Agência Ecclesia
“O Bloco de Esquerda”
Tiveram tudo para, de facto, marcar a diferença em Almada! Mas foram esbanjando os “créditos” concedidos em 2009 pelos eleitores que neles haviam confiado (refiro-me ao partido e não propriamente aos dois candidatos que aparecem no cartaz que ilustra esta publicação) até terminarem em 2013 com a esperança dessa gente hipotecada. Fizeram uma campanha inócua e, agora, colhem os frutos do que semearam durante este mandato que findou. Será que terão a humildade suficiente para reconhecer as falhas, tentar corrigi-las e seguir em frente? A ver vamos…
Em Almada, mais uma vez, e nada que me espante, o Bloco de Esquerda recusa-se a admitir os erros cometidos em termos autárquicos (da impreparação da maioria dos seus eleitos à estratégia de mimetização face ao PCP que não resultou – os eleitores preferem sempre, e bem, o original a uma má cópia) e apressa-se a arranjar bodes expiatórios para as suas falhas e a desvalorizar as conquistas dos outros, transformando tudo numa espécie de referendo nacional às políticas do governo esquecendo que estas foram eleições locais.
Em Almada, não nos podemos esquecer que apenas 32% do total de eleitores inscritos expressou validamente o seu voto. Ou seja, de 149.500 eleitores 68% (repito: 68%) decidiram abster-se, votar em branco ou anular o voto. E isto, quer se queira ou não, é gravíssimo e deveria merecer uma séria reflexão de todos os partidos pois constitui uma séria ameaça ao regime democrático tal como o conhecemos.
Além do mais, esta situação ensombra qualquer vitória, mesmo a da CDU que, há que reconhecer (e eu já aqui o admiti publicamente, dirigindo-lhe os parabéns), foi a grande vencedora destas eleições.
Mas é bom que percebamos, também, que isso aconteceu não por obtenção de mais votos (e a CDU ao contrário do que aconteceu a nível nacional em Almada perdeu, em média, 17% de votos em relação a 2009) – considerando apenas a votação para os órgãos municipais: a CDU teve menos 4.055 votos para a CM e menos 4.949 para a AM – mas porque o seu eleitorado é dos mais fiéis e cumpridores no que ao dever de cidadania diz respeito, enquanto os votantes dos outros partidos flutuam mais facilmente entre o voto expresso e a abstenção. Porquê? Há que analisar a questão friamente e o rescaldo das eleições não será o momento mais adequado para o fazer.
A hecatombe que caiu sobre o CDS (na freguesia da Costa da Caparica teve menos 75% de votos do que em 2009 e perdeu, em média, 60% do seu eleitorado nas restantes) só teve paralelo, estranhamente, não no PSD (que também diminuiu significativamente como era esperado), mas no Bloco de Esquerda que foi o partido que, a seguir, mais eleitores perdeu em Almada: 41% na CM e 45% na AM, sendo evidente que não só não conseguiu capitalizar o descontentamento face às políticas do Governo como recebeu ele próprio, em contrapartida, um enorme cartão vermelho pelo péssimo desempenho dos seus autarcas no mandato findo (excluo desta conclusão os autarcas eleitos nas freguesia) e pela forma indiferente, assaz hipócrita nalgumas situações, com que sempre se escusaram a explicar, de forma objetiva e fundamentada, as razões para a inversão do caminho proposto no programa eleitoral sufragado em 2009.
Esta é uma verdade insofismável (43%, em média, de perda de votos) e os dirigentes bloquistas concelhios devem dela tirar as devidas ilações, o que, temo, não venha a acontecer pois ao que tudo indica pelo teor das escassas intervenções que se vão conhecendo nesta rede social preferem continuar a apostar na tese dos prejuízos causados por terceiros: os tais que apelidam de “renegados” tentando assim livrar a sua própria responsabilidade pela “casaca” que eles sim “viraram” ao trair quem em 2009 acreditara que iriam fazer a diferença na oposição à gestão municipal da CDU com quem acabaram parceiros.
Os eleitores perceberam, sentiram-se traídos e isso pagou-se caro: custou, expressamente, menos 2.305 votos na CM e menos 3.153 na AM. Votos que terão ido direitinhos, na sua esmagadora maioria, para a abstenção pois que se todos os partidos desceram em número de votantes isso só pode significar, presumo, que não terá havido deslocação para outros partidos.
Veja mais em ::::> Ermelinda Toscano
29 de Setembro 2013
CDU vence com maioria absoluta
Joaquim Judas conquista Almada e garante maioria absoluta
Joaquim Judas diz que “o resultado foi significativo no plano local e uma derrota para os partidos do governo”. O candidato afirma que “a CDU tem uma actividade de prestígio, principalmente no distrito de Setúbal” e isso foi notório no resultado destas autárquicas.
O PS fará tudo ao seu alcance para que a “câmara sirva a população e dê prioridade ao apoio às famílias”. Para Joaquim Barbosa o balanço é positivo, visto que contou com um aumento percentual de dois por cento, que só demonstra que “o programa eleitoral teve alguma aceitação junto da população”. O socialista acredita que “Almada terá de ser gerida de forma diferente”.
O candidato pelo PS considera que a abstenção revela um “sentimento de grande distanciamento da população em relação à política”. Com um aumento de oito por cento em comparação com as autárquicas de 2009, Joaquim Barbosa defende ao “Setúbal na Rede” que “a abstenção favorece sempre o primeiro”. Já Joaquim Judas diz que “a chuva pode ter sido um entrave para os eleitores votarem”.
O novo presidente garante que irá cultivar a boa rede que Almada mantém com as instituições do concelho e insistir junto das suas parcerias para a “mobilização dos recursos para a criação de emprego”. Alguns dos seus projetos passam pela dinamização do “centro histórico através na reabilitação humana, o programa da polis na Costa da Caparica, o aumento da qualidade de vida, bem como, desenvolver projetos culturais e destinados à juventude”.
Veja mais em :::> Setúbal na Rede
A dívida remonta a 2004, quando o Estado não cumpriu um contrato-programa, assinado em 1999, para comparticipar a construção do Teatro Municipal de Almada. Estado foi agora obrigado a pagar o montante por decisão do tribunal.
A câmara de Almada recebeu esta terça-feira cerca de 1,371 milhões de euros, provenientes de uma sentença que interpôs em 2008 contra o Estado português, que foi agora obrigado a saldar a dívida por decisão do tribunal.
A dívida agora saldada com o município de Almada remonta a 2004, quando o Governo português não cumpriu um contrato-programa, firmado em 1999, para comparticipar, com um milhão de euros, a construção do Teatro Municipal de Almada (actualmente Teatro Municipal Joaquim Benite), um investimento que ascendeu a 12,5 milhões de euros.
Desde que a obra ficou concluída, em 2004, que a autarquia de Almada tentou, “através do diálogo”, como sublinha no comunicado divulgado esta quarta-feira, que o pagamento da verba acordada fosse efectuado.
Face à “ausência de resposta do Governo”, a Câmara de Almada interpôs, em 2008, uma acção judicial para o pagamento do valor em dívida. A sentença foi proferida em Maio de 2012, com o parecer do tribunal favorável à autarquia.
Porém, o Estado recorreu da sentença mas, em Maio deste ano, o parecer do tribunal voltou a ser favorável à câmara.
No comunicado, a autarquia refere que “o Estado não cumpriu voluntariamente a decisão”, o que levou a câmara a ser “forçada a interpor uma acção de execução da sentença contra o Estado português”.
Segundo o documento da autarquia, a sentença de execução foi proferida a 16 de Setembro e esta terça-feira foi depositado na conta da câmara de Almada o valor correspondente a um milhão e 371 mil euros, com juros relativos a 2004.
Veja mais em ::::> Negócios
O debate autárquico promovido pelo DIÁRIO DA REGIÃO e o Setúbal na Rede, no concelho de Almada, ficou marcado pelo consenso quanto à boa saúde das finanças do município e pela divisão entre os candidatos relativamente á estratégia de desenvolvimento seguida nos últimos anos.
Veja mais em ::::> Diário da Região
Luís Filipe Vieira e Alfredo Monteiro procederam ao lançamento simbólico da primeira pedra da recuperação do Estádio do Bravo, construção do campo relvado municipal e ampliação do Centro de Estágio e Formação do Sport Lisboa e Benfica.
Veja mais em :::> Diário da Região